Vergonha Alheia


Desde o primeiro dia que Marcos, um menino ruivo de olhos acastanhados, pisou o pé no jardim de infância, há quase duas décadas, suas experiências com seu idioma nativo não foram das mais belas.
Lógico que não se sabe ler e escrever com aquela idade, na maioria dos casos, porém o menino sempre falara errado.
Inicialmente pensou-se que era um problema na dicção causado pela idade pequena do garoto.
Foi somente anos depois, já na terceira série do ensino fundamental que sua professora, novata na profissão, estressou-se e gritou no meio de uma correção de prova:
“Marcos João da Silva Ribeiro. Quantas vezes terei de lhe dizer que “já” é com acento?”
As outras crianças da mesma turma do menino caçoaram dele, gargalhando sem parar, e foi a partir daquele momento que Marcos decidiu-se de algo:
Não colocaria acento em nenhuma palavra sequer!
Daqui para frente ele havia desfeito todo tipo de relacionamento dele com a gramática da língua portuguesa.
E, lógico, foi por isso que durante toda sua vida ele escutara sempre a mesma frase:
“É com acento!”



Seja bem-vindo ao “É com acento”. Se você não desistiu no meio da história, é bom informar que essa não é uma história pessoal, mas sim inventada.
Na verdade, enquanto eu estava estudando o ensino médio, eu conheci um amigo que não colocava acentos em absolutamente nada. E se orgulhava disso, eu devo dizer.
Como foi que ele chegou a essa conclusão, eu não faço a mínima ideia (sim, sem acento). E não, o nome dele não era Marcos...
Enfim, eu criei esse blog para compartilhar experiências engraçadas que vivemos no nosso dia a dia com relação ao português.
Afinal de contas, quem nunca cometeu aquele erro gramatical que você tem até vergonha de dizer?
(não procure erros nesse texto)
Assim também, o É com Acento, já traz em seu "logo" um grande erro que as pessoas cometem, que é trocar assento (objeto utilizado para se sentar) com acento (destaque sonoro de uma sílaba).
Erramos muito mais agora, quando vivemos em um mundo de zap zap’s e facebook, que sempre usamos e abusamos da falta de acento com a desculpa de que “é informal, estamos apenas conversando...”
Legal mesmo é quando, depois de errar (pois todos erramos, essa é a verdade), nós buscamos aprender o certo.
Então estralem os dedos e me contem erros gramaticais constrangedores que vocês já viram ou fizeram.
Para tirar a vergonha, no próximo post vou contar erros que eu já cometi.


Beijos ;)

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